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domingo, 15 de janeiro de 2012

Pode vir, 2012

Como resoluções de ano novo nunca dão certo comigo, resumidamente, pretendo: experimentar coisas que nunca experimentei, seja por medo, seja por (não)aprendizado através de erros alheios. Fora isso, só posso assegurar que vou tentar fazer dias melhores, independentemente de calendário. Tamo aí, ano novo.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

2012 aí vou eu!

Desejos e planos para 2012:

Pular. Não tô falando de qualquer pulo, é pular mesmo, com vontade. Como quando a gente pulava na cama de nossos pais e fazíamos guerra de travesseiro quando eles estavam em casa. 
Encarar novos desafios. Daqueles os quais ainda não tive acesso ou que por um motivo ou outro, por mais banal que tenha sido, deixei passar. Cada oportunidade é um flash de aprendizado da vida!

Surpreender com carinho a alguém. Tá valendo qualquer pessoa, qualquer uma mesmo! Um colega, vizinho, amiga,  irmão, pai, mãe, a moça da farmácia, o cara da padaria, tanto faz.


Assumir novos riscos. Essa com certeza vai ser uma das mais difíceis. É isso aí, vamos que vamos!


Brincar até dizer chega. Tá valendo qualquer brincadeira, das mais simples atéééé...

Chorar tudo o que tiver que ser chorado. Só à noite porque no dia seguinte, vai estar tudo supimpa.

Ah, vai. Um banho de lama estaria equiparado a... 

Conquistar diariamente o dom da sabedoria.

Rir. Gargalhar e festejar a cada sucesso sem me preocupar com o outro.

Demonstrar o carinho sem apego com o coleguinha.

Estudar, sem enrolar.

Dar mais carinho, sem esperar ser acarinhada.

Trilhar o caminho da recuperação, com a força do Poder Superior.

Unidade, um dos polos do triângulo.

Musga. Muita musga. A música que alimenta a alma. Ouvir muito, muito Chopin e me presentear com o que gosto na música.

Admirar e  procurar o PS na natureza. 


Rir de mim mesma. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Do lado de cá, nada de novo no front

Já disse o filósofo (acho eu), "só a mudança é constante"; "tudo muda o tempo todo". Eu poderia congestionar os servidores do google com citações, boas ou não, que tratem de mudança. Mas prefiro me ater ao lado útil do assunto: pessoas mudam. E mudam pelos mais diversos motivos: religião, trabalho, escola, novos amigos, descoberta de novos hábitos e por aí vai. Quando se muda, é natural e esperado que se notem coisas diferentes ao redor (nunca te perguntei se te incomoda eu escrever de jeito meio impessoal). Algumas pessoas somem, algumas coisas deixam de ter a graça que tinham antes, até o tempero da comida fica com gosto estranho. Acredito que tudo isso é parte do processo. É até meio chover no molhado tratar desse assunto, na verdade, fica aquele ranço de conversa batida (como tudo o mais na vida).
Então, vamos tentar outra abordagem. Em vez de discutir o porquê das coisas serem como são (claro que os porquês são importantes, mas dada a subjetividade que tem "importância", não tratemos disso aqui e agora), tentemos discutir o que fazer com elas. Usando a natureza como parâmetro (tática espinhosa, confesso; natureza é natureza, vida em sociedade é vida em sociedade. Ma vamo vê que bicho dá.), tomemos o exemplo batido da borboleta. Quando ela deixa de ser lagarta e se torna borboleta, ela não quer saber o que o pardal, por exemplo, acha disso (por mais que o pardal possa ter uma opinião muito bem fundamentada a respeito), ela simplesmente vira borboleta e voa. Por que é isso que ela é agora. E, metaforicamente falando, é claro, nada impede que ela seja o que ela quiser, depois. Se formos seguir o raciocínio de que somos um pouco de tudo e deixamos um pouco em tudo, eu diria que o passo natural é que ela vire flor (puta conversa de doido, mas acho que dá pra compreender a ideia). Bom, todo esse cerca-Lourenço é só pra dizer que (deixando o impessoalismo de lado) apenas ser, sem reiteradamente dizer, é uma opção possível.
Ah, voltando pras metáforas confusas com a natureza: assim como há a borboleta, cuja mudança é visível, há a pedra. A pedra é dura. É pesada. Ela fica ali, parada, teimosa em ser como é. Mas ela muda, sim. Muito devagar, de maneira quase imperceptível. Às vezes não muda como se espera. E, ao contrário da borboleta, que deixa de ser lagarta, a pedra não deixa de ser pedra.
Enfim, puta conversa de doido, mas acho que dá pra compreender a ideia.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Das novidades...

Nos últimos dias tem acontecido alguns episódios interessantes ao meu redor com o fato de eu ser evangélica. Meus "amigos" estão gradualmente se afastando, meu interesse pelas coisas que tinha interesse antes acabaram e/ou diminuíram drasticamente. Bom, eu tô na minha.

O grande lance não é "ser evangélico", "ser crente", e outros esteriótipos que as pessoas arranjam. É algo que, justamente, não existe nome, esteriótipo, não tem como nomear. Talvez porque, seja um sentimento que algumas pessoas só sentem em determinados momentos da vida. Sabe aquele momento em que tudo pára? O curso não anda, a cabeça não funciona com os trabalhos, o medo grita dentro do cerebelo. Há alguma coisa de errado. Existem muitas coisas erradas. Aí, entra o desespero, o desânimo, a falta de atividade e tantas outras coisas que não consigo nomear. É difícil? Ô se é.

E dói. Como dói admitir que não consigo resolver algo sozinha. Por que sou orgulhosa e orgulhoso se não sabe, não questiona, finge que sabe e vai empurrando com a barriga até aparecer alguém com quem troque figurinhas. Você um dia foi uma dessas pessoas.

Daí, teve um dia que te questionei algo sobre sua infância e você me falou que tem coisas que é melhor não lembrar, e tem coisas que é melhor fingir que não aconteceram. E eu que achava que sabia de tudo, que podia tudo te julguei, falei o que você deveria fazer feito Mãe Dinah.

Eu não sei de nada. E cada um tem um sofrimento diferente.

Aí um dia eu perguntei como podia melhorar e alguém me falou do lado espiritual.

E cá estou.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mudar ou não mudar...

...eis a tentação. Principalmente quando o assunto é mudar o outro. O paralelo traçado pode parecer esdrúxulo, mas não é (tá, talvez seja). Fala-se das Harley-Davidson que são motos que não são feitas para serem usadas exatamente como são vendidas, que seu grande atrativo são as inúmeras opções de customização. De personalização. De mudança.
Mas veja quem quem compra uma H-D não pergunta para a moto se ela quer ser mudada (e caso o fizesse, poderia ganhar do concessionário, além de capacete e emplacamento, uma camisa de força). O sujeito a muda ao seu gosto e pronto.
Mas não o faz por mal. Quando se tem uma moto como uma H-D, não se muda a cuja por que ela é feia, por que não funciona direito, ou por que tem algum defeito de fabricação. No fim das contas a gente sabe que a intenção de quem customiza é deixá-la a seu gosto por que... gosta dela. E quando se gosta, se quer sempre ver da melhor maneira possível, funcionando feito um relógio, pintura sem um arranhão, cromados brilhando, motor sem um único ronco fora de compasso.
Mas há uma outra opção: deixá-la original. Afinal, algumas máquinas tem sua beleza peculiar já de fábrica e sempre acabam pegando a forma das mão no guidão. O que não deixa de ser uma mudança.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Acreditar em flores...

... é colher jardins.;


Sei que você é ateu e não acredita nessa "coisa" que é fé.

Mas vai concordar comigo que às vezes a gente não acorda bem. Às veses a gente acorda num mau humor daqueles e tudo o que mais queremos é voltar para a cama, e debaio dos cobertores ficarmos quietinhos fingindo que estamos protegidos do mundo.

Tem fases em que acordamos todos os dias com essa sensação. E querer voltar pra cama deixa de ser um desejo para ser um sonho. Sim, porque agora não dá pra chorar e fingir que está com dor de garganta. O mundo está lá fora, te esperando. É ruim quando essa fase demora de passar.

Então, eu decidi que não dava mais pra mim e resolvi entregar os pontos. Não dá mais pra não dizer que me sinto perdida e que não quero mais viver a vida que vivia. Não sou Mãe Dinah, não tenho o QI acima da média (não tanto assim), não sei quem apertou o botão da bomba de Hiroshima. Não tenho todas as respostas e nem quero saber. Desculpe se pareço ignorante enquanto falo.

Desculpe por pedir desculpas, é o meu jeito, você sabe.

Não dava mais e me rendi. Admiti que não posso te mudar e te deixar do jeitinho que pensava ser melhor pra você - e para mim. Não posso mais querer te controlar. Está fora dos padrões. Agora é tempo de mudanças.

Sou evangélica sim, senhor.



sábado, 6 de agosto de 2011

Deslocado

Sempre gostei de me achar velho. Achava o máximo quando era moleque e a moça da padaria imitava minha cara falando "ah, que menino sério, parece um hominho" (ainda pareço um hominho, mas, agora, por causa da altura) e então sorria e me entregava o pão. Mas quando o tempo passa e se para pra pesar as coisas como adulto, dá pra sentir a diferença entre parecer velho e se sentir velho.
Eu me sinto velho, sobretudo, quando o assunto é faculdade. Todo santo dia tenho a sensação de que aquele lugar não é pra mim. A galera em média 10 anos mais nova que eu, com assuntos em média 10 anos menos interessantes, com gostos em média 10 anos diferentes e ideias e ideiais em média 10 anos mais batidos. Professores cheios de empáfia, verdadeiras "divas" de academia (isso quando não são simplesmente incompetentes, mesmo), que conseguem perfeitamente manter a meninada sentada na carteira, mas que deixam um marmanjo de 30 anos de idade a ponto de ter um enfarte pelo fato de ser um só e, por isso mesmo, ter o apito surdo e se tentar levantar e dizer o que realmente pensa do professor e da instituição ser perseguido por semestres a fio (nota mental: nunca mais contar tempo em semestres).
Isso me faz lembrar que, seguindo essa lógica, eu tenho muito mais motivos pra detestar um eventual patrão, por exemplo. Mas o patrão pelo menos me paga um salário todo mês por ter que tolerar suas mazelas. Tem horas que se sentir velho é uma merda.

O rato.